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Então, depois de uma grande experiência, em condições humildes, voltei a Bissau. Neste regresso senti que a cidade é bastante desenvolvida, comparando com Cacine. Anteriormente, Bissau parecia-me uma cidade com a sua beleza no meio do caos, mas atrasada. Engraçado como tudo pode ser posto em prespectiva. Mas enfim, avançando para o tema do post

A Guiné-Bissau é um país muito rico em termos da natureza e por isso tem um enorme potencial para o turismo. Apesar de não o aproveitar bem, as ilhas Bijagós são  o local mais turístico do país, sendo que há muitos hotéis em algumas ilhas que são investimentos de estrangeiros. Para completar a minha experiência e para fazer férias antes de voltar à realidade do meu país, decidi conhecer esta parte do país ao mesmo tempo que rebento o meu orçamento para esta grande aventura na Guiné-Bissau. A minha ideia inicial era passar 4 dias na ilha de Bubaque, uma das mais visitadas, mas o Francisco falou-me de uma promoção para passar o fim-de-semana na ilha de Orango. Então, de sexta à tarde a Domingo conheci a ilha de Orango e de domingo à tarde a terça na ilha de Bubaque.

 

Ilha de Orango

 

Para a ilha de Orango fui numa cena bem preparada, um pacote com tudo incluído. O Francisco também foi. Partimos de Quinhamel, uma tabanca perto de Bissau, à hora de almoço. O barco que nos levou é do hotel onde ficámos (como acontece com muitos hoteís nas ilhas), grandes condições comparado com os barcos que eu já andei aqui na Guiné-Bissau. A viagem foi um bocado atribulada porque apanhámos vento, ondas consideráveis e assim. Mas o barco não tinha buracos, como noutras aventuras, por isso nem deu pica.

Quando chegámos ao hótel, 4h30 depois, fiquei embasbacado com o sítio. São várias habitações muito perto da praia, um local completamente entregue ao pessoal hospedado no hotel, com muita natureza à volta. Apercebi-me que estaria a iniciar um fim-de-semana de férias como aquelas que se vê nos filmes em ilhas inóspitas.

Foi muito calmo e um fim-de-semana sobretudo de descanso. O pacote turístico era, na verdade, um fim-de-semana da biodiversidade. Isto traduz-se numa visita à tabanca mais próxima, para conhecer o trabalho de um curandeiro e ver danças tradicionais. Confesso que achei tudo um bocado turismo forçado para branco, principalmente quando estávamos entre as pessoas da tabanca, que aproveitaram para fazer o seu comércio. Tanto que à tarde, quando era suposto ver as danças tradicionais, deixei-me ficar pela praia em frente ao hotel.

 

Ilha de Bubaque

 

Portanto, na volta da ilha de Orango, enquanto que o resto dos hóspedes foi para Bissau (inclui o Francisco que trabalha durante a semana), fui deixado na ilha de Bubaque. As diferenças do fim-de-semana é que fui sem hotel marcado, sem nada decidido e sozinho. Mas não estava preocupado, Cacine preparou-me bem para aventuras na Guiné-Bissau. Acabei por ficar num hotel médio, com uma vista incrível para o mar. Penso que, além de mim, só havia mais um hóspede. Fui muito bem tratado durante o tempo lá. Quando cheguei perguntei, pelas condições e perguntei sobre a hipótese de ir até à praia de Bruce, no lado oposto da ilha e segundo tinha ouvido o melhor da ilha, com uma bicicleta alugada. Tudo bem encaminhado para o único dia que tinha para conhecer a ilha (terça-feira o barco partiu de manhã cedo)

Houve apenas um aspecto que limitou a minha experiência na ilha de Bubaque. No meu percurso para a praia de Bruce, cerca de 18 km, comecei a sentir-me muito mal disposto. Doei o meu pequeno-almoço, outrora no meu estômago, a várias localizações na estrada do percurso. Parecia que nunca mais chegaria à praia e quando cheguei, passei o resto dia no bar da praia do hotel, deitado, a dormitar e a sentir-me pessimamente. Decidi que não estava em condições para voltar de bicicleta para o hotel e esperei que passasse a hora de maior calor para pedir uma moto-carro (é uma moto com porta-bagagens). Como é a Guiné-Bissau e muitos serviços correm mal, esperei 3h para chegar ao hotel. Foi um dia muito chato num sítio muito bonito. A culpa não é da ilha, que até é um sítio bastante agradável e desenvolvido para o que vi na Guiné-Bissau (certamente devido ao turismo). A culpa é, provavelmente, de algo que comi e que não estava em condições. Tive azar.

Foi interessante conhecer uma realidade mais turística da ilha e de como isso afecta a população guineense. Talvez por ter passado tanto tempo em Cacine, senti-me um bocado bicho do mato. Os posts grandes pa cacete estão quase a terminar. Vão aquecendo o nosso Portugal para quando eu chegar, meus caros 28 amigos. É muito isto.

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publicado às 22:58


1 comentário

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De Anónimo a 17.01.2019 às 23:19

Ola Pedro. Esotu indo pra Bissau e pesquisando na internet sempre me deparo com seus posts. Muito uteis :) Voce saberia de alguma casa para alugar em Bissau por temporada? Obrigada. Abraço. Marina

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