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Sim, isto é mais um blog de viagens (fu haters). Sem compromisso nem regularidade definida, vou relatar um pouco do que está a ser a minha experiência na Guiné-Bissau.
Nem só de arroz e destruição de jipes (sobre)vive um jovem Português na Guiné-Bissau. Neste post vou falar do que faço nos tempos livres.
Bom, como já disse, a Guiné-Bissau não é um país muito virado para o turismo, principalmente na zona romota do sul. Mesmo assim, um jovem arranja coisas para fazer quando não está a fazer mais um guião sobre o Microsoft Word ou a pesquisar como é que se conjuga o verbo 'ir' no Pretérito Imperfeito do Indicativo na 2ª pessoa do plural.
Conhecendo as redondezas
O Valberto tem bicicletas aqui em casa. Já usei várias vezes para fazer uns passeios, sempre acompanhado. Estes passeios são feitos durante o fim-de-semana porque pode ser preciso um dia inteiro para visitar os sítios como deve ser. Conheci diferentes tabancas em que basicamente o melhor e o que ocupa mais tempo nestas aventuras é o caminho até ao destino. Conheci Jemberem (uma tabanca em plena reserva natural do Cantanhez), Campeane, uma tabanca que não me lembro do nome a sul de Cacine, Ilha do Mel (é um sítio quase deserto, inóspito e completamente no meio da natureza) e Cassumba (praia incrível). Alguns sítios até já tive oportunidade de ir mais que uma vez, por exemplo, Cassumba.
Estas aventuras de fim-de-semana são um bocado desgastantes porque envolvem andar de bicicleta durante várias horas seguidas. Chego ao fim do dia cansado e porco mas contente por ter feito o passeio. É fixe porque são sempre coisas novas que conheço, que acaba por ser um bom twist na vida rotineira que aqui tenho.
Em Cacine
Já antes falei da praia de Cacine. Ao todo devo ter ido umas 10x, o que não é muito considerando o tempo que passou desde que aqui cheguei. Durante a semana não há muito tempo e ainda são uns 20 minutos a pé, pelo que é raro ir durante a semana.
Por falar em casa, o sítio é muito fixe (acho que nunca falei aqui muito do espaço à volta da casa). São várias casas no mesmo recinto (uma delas a minha) com bastante espaço ao ar livre, flores, árvores, gatos, galinhas. Inclui também umas redes onde às vezes leio ou durmo a sesta.
Além disso, aqui por casa costumo jogar às cartas com miúdos que vivem perto.
O jogo de eleição é o Uno. Como existem muitas maneiras diferentes de jogar Uno, tive que lhes ensinar a que eu sei, porque é a melhor. Vá, estou (meio) a brincar. A verdade é que antes os miúdos jogavam com regras que facilitavam muito o jogo. Eu diria que se divertem mais agora com as novas regras.
Além do Uno, também se joga um jogo chamado Baralho. Este jogo já se joga com um baralho de cartas normais. O jogo é exactamente como jogar à bisca, mas nunca tens de assistir. Também é parecido com a sueca porque, quando jogado por 4 pessoas, formam-se pares. Mas não é preciso assistir na mesma (palhaçada). Este já joguei algumas vezes com pessoal da minha idade. Até me safo. Os miúdos não jogam tanto este porque é um bocado mais complexo que o Uno.
Este momentos de cartada são engraçados porque aprendo bastante crioulo durante os jogos e porque acaba por ser sempre engraçado.
E pronto. Em relação às aventuras e como podem imaginar, cada aventura destas seriam dignas de posts grandes para cacete. Histórias que vão desde barcos furados mas funcionais, lama até aos joelhos, conhecer espécies novas e comer comida com muita malagueta do mesmo tacho com outras pessoas. Mas não me apetece muito, até porque algumas destas aventuras já aconteceram há muito tempo. Menos para vocês lerem, meus caros 23 amigos. É muito isto.